Porcos e diamantes
É videogame ao invés de bola. Televisão ao invés de amigo. Sofá ao invés de árvore.
Como vão ser as crianças de hoje quando chegarem na nossa idade?
Como vão mandar e-mails nostálgicos um para o outro, se eles não compartilham brincadeiras? Eles passam longe do nosso Pogo-bol, bafo e jogar taco então, nem se fala.
Além do perigo das ruas que as deixam enclausuradas em casa na frente do videogame, as crianças hoje têm agenda: natação, informática, inglês. E elas encaram como trabalho mesmo, com a seriedade que os pais impõem quando falam:
-meu filho, isso custa caro, tem que levar a sério, hein?
Em outra realidade, aprovaram uma lei na Finlândia que obriga a todos os criadores de porcos do país a terem uma área com brinquedos para os porco brincarem livremente. É o tempo livre dos porcos, onde ninguém mais pode interferir.
Essa medida foi resultado de uma pesquisa que mostrou que porcos que brincam são menos estressados, mais pacíficos, de bem com a vida e consequentemente têm a carne mais macia.
Acho que na minha próxima encarnação não quero vir criança, quero chegar porco finlandês.

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